domingo, 12 de maio de 2013

Ah, querida Buenos Aires, volveremos pronto! O que vi de ti, não esqueço nunca!!















O que vi em Aruba... (parte I)


















Algodão-doce!





Paul, saudades do John



            Hoje o comentário estava espalhado por todos os (re) cantos. Aliás, hoje não, há vários dias que a cidade se mobiliza para a chegada de dom Paul McCartney.
            Mobilizar lembra movimento, portanto, agora fiquei na dúvida se é essa mesmo a palavra correta, afinal a querida Terra do Sol está parada, principalmente no entorno do estádio recém-inaugurado para a Copa onde ocorrerá o show dessa noite.
            A novidade é antiga. Tanto já se falou sobre o trânsito caótico de Fortaleza que não há mais o que dizer, mas um fato me chamou a atenção: apenas quem portar ingresso terá acesso às ruas nas imediações do Castelão – querido estádio! Mas, e a população que mora perto e que vai chegar tarde do trabalho depois de um cansativo dia? A engenharia de tráfego já tomou as devidas providências, posso ficar tranquila.
            A única coisa que me inquieta hoje – amanhã terá passado? – é que as pessoas me perguntam se vou ao show. Não, não gosto dele, gosto dos Beatles e, mesmo assim com ressalvas, afinal, nasci um dia depois do assassinato do John, então, quando descobri na adolescência, fiquei complexada: matei o John! Se não tivesse nascido não haveria “um dia antes” e ele ainda estaria vivo. Pobre adolescente que fui! Apareça alguém para dizer que o mundo não gira ao redor do seu umbigo!
            Paul, preciso confessar-te: mamãe, beattlemaníaca que é, culpa você pela morte do John. Por isso, também, não posso ir ao teu show.
            Saudades do John, de outros tempos que não vivi, que não conheci.
            Não, não vou, Paul!


           (Fortaleza, 09 de maio de 2013)

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A última carta ou vingança de Marília

Foi com uma indignação profunda que descobri durante o período da faculdade o que tinha acontecido com  Marília e Dirceu na vida real depois que ele foi exilado. Para vingar Marília escrevi o texto que segue, mas isso foi em 1996, já faz muito tempo, cheira a mofo e saudades de um tempo que nunca vai sair da memória.


Volta pro teu Dirceu, passarinho-mensageiro,
E fala que o amei como nunca havia amado
Mas agora conheci outro cavalheiro
Com ele, em todos os bailes, tenho valsado.

A distância fez meu amor por ti, Dirceu,
Fragilizar. Fica aí no teu exílio com tuas nativas
Eu fico aqui com meu novo Romeu
E libertas esse pobre passarinho que cativas.

Vivo com meu Amor inesquecíveis momentos
Ele é tão carinhoso, mostra-se tão apaixonado,
Que nunca mais estiveste em meu pensamento,
Por ti meu coração não tem mais perguntado.

O nome dele? Não vou dizer, isso não importa,
Mas tente imaginar o mais perfeito amante
Que quando, com suas mãos, meu corpo ele toca
Meu amor por ti torna-se mais distante.

Dirceu, um grande obséquio me fizeste
Mostrando a mim o que é amor. Te digo,
Porém, somente com palavras tu conheces
E é por isso que nunca senti prazer contigo.

Sua ex-Marília vai aqui terminando
Meu Amor está na cama a me esperar
Um último beijo a ti estou mandando
Não mandes mais o pobre cativo me procurar.




quarta-feira, 24 de abril de 2013

Leitura: Perseguição, de Tânia Alexandre Martinelli


            Ontem, quando cheguei em casa, li um dos paradidáticos que fazem parte do meu trabalho. Qual não foi minha surpresa quando me deparei com uma história mais que doce, aliás, agridoce para tentar ser mais precisa.
            “Perseguição”, livro de Tânia Alexandre Martinelli, aborda um dos temas dessa fase tão apaixonante quanto dolorida que é a adolescência.
            Terminada a leitura, fiquei pensando em quantos Leos existem por aí, meninos que se calam diante da violência do bullying que sofrem. Mas, depois, me peguei pensando nos causadores dessa violência e me deu vontade de fazer algo que essa geração está precisando: umas boas palmadas na bunda!
            Queridos, se manquem! Impliquem com alguém que possa revidar, experimentem desse veneno que vocês implantam nas cabeças de alguns pobres que não conseguem – sei lá por que, mas sei sim... – se defender.       
            Aliás, se um dia eu presenciar uma cena de início de bullying meu conselho será para encarar o medo do agressor e, cara na cara, olho no olho, perguntar bem baixinho, o que ele vai querer? Qualé, mermão? Baixa a tua bola aê, rapá, que eu não vou dar bobeira não, se você vier, vai ter...
            Nem sei direito o que vai ter porque corro léguas de distância de demonstração de violência, mas eu aconselho perguntar e colocar o ser humano no lugar que lhe é devido! Meninos e meninas, não sofram como o Leo e a Malu, façam-se respeitar! E, vocês, covardes agressores, SE MANQUEM!!!

Viajar


Viajar consiste em passar horas em filas de aeroporto, esperar que as pessoas acomodem suas imensas e supostas bagagens de mão onde elas não cabem, ouvir choro de bebê em voos noturnos (tadinhos!), iludir nossos embrulhados estômagos com um comida medíocre servida no avião, dormir em posições jamais imaginadas desde que saímos do útero e em colchões de hotel que tem qualquer cheiro menos aquele que só nossa caminha tem...
...viajar não é mágico nem encantador, é real!
É um real teletransporte da nossa vida cotidiana, organizada (ou não!), previsível e cronometrada - pois com esse trânsito de Fortaleza pré-Copa impossível perder um segundo senão já viu, atraso na certa!
E viajar também é sugar a cultura dos outros e morrer de inveja e lamentação quando vemos que não somos tão patriotas (Buenos Aires, vc me dói...) ou tão organizados (Disney, que saudades de vcs!) ou de praias tão deslumbrantes que duvidamos que sejam reais (Aruba, te quiero!)....
E se o teletransporte é feito de carro ou ônibus, para uma cidadezinha linda que guarda a melhor parte da sua infância então... Bom, o coração derrete! Amo a terra onde as pedras estalam, minha querida Itapipoca!