quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Estrada

Caminho. Sigo meu rumo. Escolho quando há bifurcações, mesmo sofrendo com isso.
Não olho para trás com amargura, às vezes com saudade, mas não lamento.
Divirto-me pela estrada, não almejo apenas a chegada. Colho flores, saboreio arco-íris e sento-me à sombra das árvores.
Ouvindo o ruir do crepúsculo, medito sobre o dia e sorrio ao lembrar o que não fiz direito, pois sei que amanhã terei outras oportunidades. Choro, raramente, mas choro. Lágrimas teimosas de emoção por ter vencido mais uma etapa...
Não sei bem para onde estou indo, mas sei que gosto do caminho. Por ele encontro espinhos, além das flores; pedras, além da relva; precipícios, além de pontes... Alegro-me por encontrá-los, pois sei que, se não fosse capaz de vencê-los, eles não estariam ali. Faço deles mais uma lição. Mais um aprendizado!
Respiro fundo para mergulhar nos rios onde não há ponte, remendo os sapatos quando eles cansam da travessia, olho para os lados para contemplar a paisagem e recolho mimos para guardar de lembrança, na maioria, sementes.
Não sei o que vou sentir quando chegar, mas a estrada já me deixa bastante satisfeita!